Se fosse uma obra de ficção, esse pedacinho do mundo não seria tão incrível.
Por ter sido dos últimos países do mundo a serem colonizados (na metade do século XVIII) obteve um incrível benefício do contato tardio com os europeus. Benefício esse que hoje é o maior presente para quem a visita: a deslumbrante paisagem, quase intocada.
Essa pequena notável ganhou muito destaque no mundo após servir de cenário para a trilogia Senhor dos Anéis. Suas paisagens – que muitos já pensaram ser criadas digitalmente, são tão impressionantes e diversificadas, que tornaram-se escolha certa para muitas produções hollywoodianas. Além da já citada trilogia, ainda foi palco para As crônicas de Nárnia: O Príncipe Caspia e X-Men Origens: Wolverine, além do clássico O Piano. Uma ótima maneira de aguçar sua vontade de visitá-la é dar uma espiada em algumas dessas obras. Note a intensidade que suas paisagens incluem nas narrativas.
Não faltam maneiras de curtir toda a exuberância da natureza neozelandesa. Apreciar as montanhas que emolduram cânions profundos, as praias, as piscinas naturais termais que são perfeitas para relaxar e se jogar nas muitas atividades de ecoturismo que o país oferece, são algumas das opções.
O lado cosmopolita também pode ser muito bem aproveitado, pois a capital Wellington e outras cidades como Auckland e Christchurch, além do seu cativante e cortês povo, recebem muitos visitantes em busca de diversão, e por isso têm uma oferta intensa de vida noturna: com restaurantes em profusão, bares variados e uma infinidade de opções para aproveitar a visita.
Antes da chegada dos europeus a Nova Zelândia era habitada pelos Maoris, povo nativo que, segundos estudos, está lá desde o século X. Muitas de suas tradições ainda são preservadas: como a língua (em algumas cidades, muitas pessoas, nativas ou não, falam e entendem o idioma. Já se adiante e chegue cumprimentando-os com a saudação Kia ora!), o artesanato, a comida e muitas outras manifestações culturais.
Talvez a dança Haka seja a mais conhecida dentre essas manifestações. Ela tem um ritmo vigoroso, que demonstra força, coragem e é usada para prestar homenagens ou intimidar adversários. Atualmente, o famoso time de rúgbi All Black faz uma rápida apresentação antes de seus jogos, como forma de manter suas tradições e deixar o oponente temeroso. E parece que funciona, pois é a equipe campeã de diversos torneios.
Um dos hábitos diferentes para nós, é como os Maoris se cumprimentam. Eles fazem o movimento “hongi” – que consiste em encostar o nariz no nariz do cumprimentado, em sinal de boas-vindas.
O destino certo para aproveitar tudo da cultura Maori é Rotorua, localizada na Ilha do Norte (A Nova Zelândia é dividida em Ilha do Norte e Ilha do Sul). Além da forte presença da cultura nativa, as características geográficas desta região permitem que você tenha acesso a uma paisagem única.
Há inúmeros gêiseres, com destaque para o Pohutu, que chama muita atenção por lançar jatos de água a mais de 10 metros de altura; piscinas termais, parques – com destaque para o Parque Nacional Tongariro; e a cidade ainda é perfeita para a prática de esportes, passeios de barco, pesca, além de outras atividades ao ar livre. Parada mais que obrigatória.
Se estiver na Nova Zelândia e achar necessário temperar sua viagem com ainda mais emoção, acredite, não faltarão opções. A geografia privilegiada proporciona uma série de atividades de esportes radicais.
Rafting, passeios em uma espécie de “barco a jato”, que vai a toda velocidade percorrendo rios cercados por paredes de rochas, bungee jump (modalidade criada na Nova Zelândia) com pontos de salto abundantes e estonteantes; saltos de paraquedas para observar as paisagens de um ângulo totalmente diferente, passeios de balão, mountain bike, passeio de quadriciclo ou ainda explorar cavernas e descobrir um mundo totalmente diferente.
E o melhor, você não precisa transitar entre muitas cidades para encontrar tudo isso, pode ir direto a Queenstown. Localizada na Ilha do Sul e às margens do Lago Wakatipu é considerada a cidade dos esportes radicais.
Entre uma descarga de adrenalina e outra, não deixe de visitar Milford Sound, o mais famoso dos fiordes que compõe o Fiordland National Park. Para vivenciar essa paisagem de tirar o fôlego, esculpida por geleiras e inundadas pelo mar, você pode optar por cruzeiros (noturnos ou diurnos), ou seguir para caminhos mais ousados, como canoagem, mergulho ou vôos panorâmicos.
E se tudo isso for muita aventura para você, não se preocupe. Não deixe de conhecer Queenstown por isso. Lá você pode encontrar opções muito mais tranquilas como spas luxuosos ou excelentes vinícolas, ótimas opções de bares e restaurantes ou ainda butiques incríveis para estimular suas compras.
Viu só? Tem tempero para todas as medidas de emoção e de gostos.
As maiores cidades da Nova Zelândia, como Auckland, Wellington e Christchurch oferecem um ritmo urbano mais intenso, com vida noturna agitada, restaurantes dos mais variados estilos, teatros, casas de shows, museus, galerias e outras atividades culturais.
Em Auckland, é comum encontrar pessoas de todas as partes do mundo, sejam turistas passeando ou mesmo estudantes fazendo intercâmbio – a Nova Zelândia é um dos destinos mais procurados pelos jovens porque possui muitas universidades de ótima qualidade e alia um estilo de vida mais tranquilo, diferente de outras grandes cidades, oferecendo mais qualidade de vida.
Na cidade há muitos prédios históricos herdados de seus colonizadores ingleses e ótimas opções de museus. Além de ótima oferta de gastronomia e claro, dos já respeitados vinhos neozelandeses. É também é um importante centro de negócios, mas está muito próxima a belíssimas praias, adoradas pelos surfistas. Então, mesmo cosmopolita, ainda oferece, como todo o restante do país, incríveis cenários naturais.
A capital Wellington, não fica para trás na oferta de ricas opções. Sua porção histórica oferece passeios de bonde, visitas a prédios históricos como os Prédios do Parlamento e do Governo e à imponente catedral gótica Old St Paul’s; tem excelentes opções de museus como o TePapa – que é o museu nacional e destaque mundial no quesito experiências interativas, o Museum of Wellington City & Sea, além de ótimas galerias e opções shows ou concertos, em qualquer dia da semana. Não é a toa que é conhecida como a capital cultural.
Como se tudo isso não fosse suficiente, há ainda Miramar, um subúrbio à beira-mar de Wellington, onde se encontram profissionais de destaque e tecnologias cinematográficas de nível mundial. Uma visita imperdível para o cinéfilos de plantão. Carinhosamente chamada de Wellywood, oferece inúmeras formas para seus visitantes conhecerem e interagirem com a indústria cinematográfica regional. Desde visitas a museus do tema até passeios em locações onde ocorreram filmagens.
Já Christchurch, conhecida como a Cidade Jardim, é a segunda maior cidade do país e é onde mais se percebe a herança da colonização inglesa. Está num forte ritmo de transformação, pois foi acometida por um severo terremoto no ano de 2011. Mesmo com essa dificuldade, a cidade não perdeu a elegância nem seu gostoso espírito acolhedor. Além de ser uma cidade linda de contemplar, você encontrará desde opções como surf e mountain bike como excelentes hotéis para relaxar e desfrutar de jantares sofisticados, ou ainda centros de compras e ótimos bares.
Mantendo o padrão da Nova Zelândia, tem ótimas atividades para todos os tipos de visitantes.
Um roteiro um pouco diferente que você pode fazer, fugindo um pouquinho das principais atrações da peculiar paisagem do país, é a Rota Clássica dos Vinhos em Hawke’s Bay. Por ser uma das áreas mais secas do território neozelandês, favoreceu o cultivo de uvas para a produção de vinhos, transformando-a na maior produtora do país.
Você pode fazer o percurso de uma forma bem romântica, de bicicleta, percorrendo um caminho que passa pelos principais vinhedos. A cada parada é possível conhecer as instalações, a área de cultivo e se quiser, fazer uma degustação dos rótulos daquela vinícola.
É inevitável não se questionar e se impressionar com o fato de que um lugar tão distante e tão discreto em suas proporções pode ser tão incrível. A Nova Zelândia parece ter saído de uma mente muito criativa, um verdadeiro conto de fadas.
Seu grande trunfo é reunir em um só local, paisagens naturais exuberantes e diferentes entre si, um enorme leque de atividades para a prática do ecoturismo, vida cosmopolita, gastronomia eclética, ótima produção de vinhos e o melhor de tudo: um povo encantador que soube construir sua rotina com invejável qualidade de vida.
Atravessar o mundo para conhecer esse país encantador vale muito a pena.