Avistar Seychelles é um alento ao coração. Vislumbrar as ondas da praia com suas águas azuis, as areias brancas e a vegetação exuberante com a brisa aumenta a expectativa para conhecer de perto esse paraíso.
A primeira vontade é o de querer andar descalço pela areia para sentir o esplendor da natureza ao nosso redor. Tudo perfeitamente configurado para aquele momento, em que sentimos que cada detalhe está em seu devido lugar para ser apreciado. Não é à toa que Seychelles foi escolhido como destino para a lua de mel do príncipe William e da princesa Kate do Reino Unido. O lugar é perfeito para celebrar o início de uma vida a dois.
As 115 ilhas que compõem o arquipélago estão localizadas no Oceano Índico ocidental e ficam no meio da vastidão do mar azul a 1600 km ao leste da África. Sua posição privilegiada as torna um recanto quase exclusivo porque o acesso é bem difícil, somente feito por pequenos aviões ou em embarcações mais potentes para vencer a grande distância.
Seychelles poderia ser considerada um museu de história natural a céu aberto. Quase 50% do seu território são de áreas preservadas com uma flora rica e fauna exuberante com animais vivendo livremente sem se preocuparem com a ação humana. Existe grande consciência na preservação da natureza em seus habitantes.
São encontrados vários tipos de aves, animais terrestres e atenção especial às tartarugas gigantes. Em Seychelles elas encontraram um lugar onde podem viver sem risco. Ao longo da costa a formação dos corais atraem peixes multicoloridos. Mergulhar para observar a vida marinha mais de perto é uma experiência fascinante. Outras opções de atividades aquáticas são andar de caiaque ou velejar pelas águas azuis do arquipélago.
Seychelles é uma grande miscelânea cultural com influência de africanos, europeus e asiáticos que trouxeram um pouco dos costumes e tradições dos seus locais de origem. Ao passear pelas ruas da cidade é nítida ver na arquitetura, na gastronomia, na música e na dança a presença estrangeira.
Na arquitetura, as casas misturam traços do passado colonial francês e inglês, com suas linhas clássicas, mas adaptadas ao clima tropical para ficarem mais confortáveis. Um bom exemplo, os telhados são bem íngremes para evitar que a água da chuva fique acumulada. Outra praticidade é a localização da cozinha nas casas, que fica na área externa para que o cheiro na preparação dos pratos chegue a outros cômodos.
A gastronomia também mistura a influência dos povos que colonizaram Seychelles. Estão presentes, a cozinha creole com pitadas da culinária francesa, o exotismo da comida indiana e o uso de sabores picantes do sudeste asiático. Essa mescla de sabores criou uma identidade única.
Peixes e frutos do mar são os ingredientes mais utilizados na culinária. Por motivos óbvios são os itens mais frescos encontrados na região. Em muitos restaurantes são servidas carnes e aves aromatizadas com especiarias locais. Um prato bem típico é uma espécie de puchero com Salsa de Chile. Só um alerta quando for pedir sabores picantes, cautela, porque pode ser demais para quem não está acostumado com pimenta.
As manifestações artísticas são muitas e estão presentes em diversas áreas, na música, pintura, escultura, literatura, poesia e dança. O movimento como um todo é chamado seychellois e tem influência dos povos que colonizaram o arquipélago.
A música e a dança são animadas e contagiantes, impossível ficar parado ao som de tambores, triângulo, banjo e acordeon ou acompanhar, mesmo que com os pés, movimentos da Dança Sega, uma das mais populares.
Nem é preciso dizer de onde vem a inspiração dos pintores nativos. Com seu talento, a natureza se encarrega de oferecer matéria-prima que transforma as telas em verdadeiras obras de arte. Escritores e poetas contam a rica história de Seychelles e relatam acontecimentos em seus contos e poemas.
A beleza de Seychelles é impactante, o modo de vida é mais sossegado e prazeroso. Como um pequeno arquipélago pode reunir tantos atributos? Lá é um desses lugares tão incríveis e se encaixam com perfeição no que muitas pessoas desejam que dá vontade de não voltar mais para casa.