Apesar de localizado no Oriente Médio, o país em nada se parece com alguns de seus vizinhos conflituosos. A Jordânia é dona de paisagens deslumbrantes e misteriosas e muito aberta ao turismo. Visitar o país é conhecer o mundo árabe e deixar qualquer ideia pré-concebida para trás. E ainda é um destino muito pouco explorado por nós, brasileiros. Saia do óbvio e abra-se para essa encantadora possibilidade.
A capital Amã é cosmopolita e tem muitos prédios super modernos, além de abrigar o aeroporto internacional. Entretanto, causando um lindo contraste, também possui ruínas que remontam a um legado histórico de mais de 17 mil anos. Visita indispensável: as ruínas da Citadela. A riqueza de diferentes períodos da história te deixará perplexo.
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Dentre os povos que ali viveram, há herança de gregos, romanos, otomanos e bizantinos. Esse legado, só poderia resultar em uma impressionante diversidade cultural. Em 633 d.C., a cidade foi tomada por muçulmanos, que, hoje, compõem 93% da população. Devido a isso, vale ressaltar que alguns costumes devem ser respeitados. Ao visitar uma mesquita, as mulheres precisam cobrir os cabelos, utilizando o hijab. Sempre há lojinhas por perto, onde é possível adquiri-lo e aprender a usá-lo corretamente. O povo da região é muito prestativo e carismático, certamente será uma ótima chance de interação aprender seus costumes.
A 50 quilômetros de distância da capital, encontra-se Jerash, antiga cidade romana que, apesar de ter sofrido dois terremotos que a destruíram parcialmente, foi escavada e revelou templos, arenas, um fórum e outras edificações extremamente reservadas. As ruínas estão localizadas bem no meio de uma atual e movimentada metrópole, impressionando ainda mais os visitantes diante dessa bela dualidade. As primeiras construções datam do século 1 a.C., dá pra imaginar?
Ponto mais baixo do mundo.
Uma das pérolas da Jordânia, o Mar Morto está localizado a uma profundidade de cerca 417 metros abaixo do nível do mar, sendo o ponto mais baixo da terra. Suas águas salgadas (quase dez vezes mais que a dos oceanos) se estendem a Israel e a Palestina.
As altas quantidades de sal tornam a vida marinha inexistente (desse fato surgiu seu nome), mas permitem flutuar com extrema facilidade. É importante assegurar que não haja nenhum machucado sobre a pele antes de desfrutar de suas águas, o desconforto será garantido. E mergulhos também não são recomendados, a pedida aqui é algo mais tranquilo; deixe-se levar e curta a paisagem. O tempo máximo de permanência é de somente 20 minutos, o que é suficiente para absorver toda a energia mágica deste local. Mais que isso, a desidratação será intensa.
Durante o verão, a temperatura seca torna o clima insuportável. Ou seja, evite visitar a região entre julho e setembro. Se decidir visitar à Jordânia, saiba que além de todas as belezas, ainda estará presenteando sua pele com um tratamento especial. Além de propriedades curativas, os mais de 35 minerais existentes nas águas do Mar Morto são muito utilizados em produtos de beleza. A própria lama, mesmo in natura, pode ser aplicada no rosto e trazer resultados incríveis. Um ótimo efeito colateral.
Essas ricas águas são abastecidas pelo Rio Jordão, que delimita o país com Israel. Além de ter uma significativa importância política e religiosa – em suas margens foi realizado o batismo de Jesus, o rio é responsável por prover a área desértica que atravessa – 70% do país é composto geograficamente por desertos.
Petra, a cidade rosa.
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O povo nabateu esculpiu nas montanhas de arenito templos e tumbas que preservam as memórias dos habitantes. Além da riqueza de detalhes impressionantes, a cor rosada do mineral das montanhas ganha tons únicos ao receber os raios solares ao longo do dia.
Dentre as diversas construções, os destaques são a Câmara do Tesouro (um dos edifícios mais bem preservados) e o Monastério, que fica no alto de uma das montanhas e exige preparo físico para encarar os mais de 800 degraus do caminho. Mas acredite: vale cada parte do esforço.
Quando a noite cai em Petra, outro espetáculo imperdível acontece: o Petra by night. Um indescritível evento onde os caminhos da cidade são iluminados por inúmeras velas, que guiam o povo até o Tesouro, local onde acontecem solenes apresentações e shows de música comandados pelos locais – chamados de beduínos. É um emocionante ritual que atingirá seus sentidos de forma única: a provocação da visão causada pela baixa iluminação, a atenção aos detalhes durante a caminhada, o envolvimento com a música e o visual majestoso… viver tudo isso é um privilégio que não pode ser desconsiderado.
Para todos os paladares.
Na cozinha típica do país, são os pratos árabes que ganham vez. Mas uma boa massa também é apreciada. Em Amã, as comidinhas de rua são repletas de histórias interessantes sobre a cidade. Já em Jerash, vale a pena escolher um dos excelentes restaurantes com vista para as ruínas e apreciar a tradicional e refinada culinária local.
A Jordânia é um lugar transformador. Guarda um enorme legado da história da humanidade e transborda tradição. A energia mística e a espiritualidade tão presente te atingirão em cheio. Isso tudo contornado por belíssimas cavernas, desertos, ruínas e condimentado com sabores muito especiais. Uma experiência onde cada instante é grandioso.