China, um mundo fantástico

Ao se deparar com a China uma sensação prevalece – ela não parece ser apenas um país, e sim um mundo inteiro. Talvez uma só viagem não seja suficiente para absorver todo esse universo localizado na Ásia. Mas, ao primeiro contato, uma coisa é certa: todos seus sentidos serão despertados de uma forma muito especial.

Dentre tanta imensidão, o que podemos fazer é destacar alguns dos pontos que achamos fundamentais para te inspirar e que tornarão sua experiência incrível.
Aperte seus cintos e entre nesse complexo mundo conosco.

 

O mundo cultural de Pequim

A capital chinesa é também o centro cultural do país. Passeando pelas ruas da cidade, é possível sentir na pele a influência das estéticas orientais e de toda a carga histórica que o país proporciona a seus visitantes.

Sua localização justifica essa bagagem. Está a cerca de 70km de um dos monumentos mais famosos do mundo: a Grande Muralha. Esse passeio, que tomará um dia inteiro da sua viagem, levará você para uma história de mais de 2 mil anos.

Antes de pegar a estrada que liga Pequim a Grande Muralha, reserve um momento para conhecer a famosa Cidade Proibida, que abrigou a família imperial da China por mais de 5 séculos. Além da arquitetura rica em detalhes, característica comum da cultura do país, é possível mergulhar na história do lugar apreciando cada obra de arte.

E é também em Pequim que você facilmente encontrará os famosos petiscos chineses nada comuns para nós ocidentais. Que tal um espetinho de escorpião para abrir o apetite? Se quiser se ambientar, mas nem tanto, existem outras opções de quitutes bem diferentes (menos ousados) em diversas ruas da cidade.

 

O mundo cosmopolita de Xangai

Se você ainda não lembrou que a China é o país onde se concentra 1/5 da população mundial, é Xangai que vai refrescar a sua memória. A cidade é lar de mais de 20 milhões de habitantes, o que a torna a maior e mais populosa do país.

Ao embarcar na cidade, é preciso lembrar que tudo é cheio a toda hora. As ruas, o trânsito, o metrô. Mas tudo isso vale a pena se você curte um ambiente urbano, cosmopolita e sofisticado. E note como há uma cadência única que dita esse cotidiano de uma forma que pareceria impossível de imaginar.

Para começar por cima, visite o topo da Pearl Tower ou do World Financial Center, duas das estruturas mais altas da cidade, que oferecem uma vista panorâmica onde os prédios se perdem no horizonte.

Depois disso, você pode fazer longas caminhadas pela cidade, para fugir do trânsito e conhecer melhor o distrito de Pudong, considerado o centro financeiro e comercial de toda a China.

Caso queira visitar locais um pouco mais afastados, o uso do metrô é uma ótima opção. A malha metroviária da cidade é muito ampla – tanto que possui o título de um dos melhores sistemas metroviários do mundo.

 

O mundo capitalista de Hong Kong

Apesar de a China ser um país que adota o regime socialista, a sua região administrativa especial, também conhecida como Hong Kong, é como se fosse o pedacinho assumidamente capitalista da nação. Isso fica bem evidente no custo de vida da região.

Outro ponto que vale destaque é que diferente do resto dos chineses, os habitantes de Hong Kong estão mais familiarizados com a língua inglesa, o que facilita muito a comunicação para os visitantes. Assim, fica mais tranquilo para pedir informações e até receber indicações fantásticas dos habitantes locais.

Uma dessas indicações certamente será o Victoria Peak. Hong Kong tem a maior concentração de arranha-céus do mundo. Ir até lá e não apreciar as vistas estonteantes da metrópole é um verdadeiro pecado que você não quer cometer.

 

O mundo guerreiro em Xi’an

Xi’an é a cidade considerada o limite oriental da Rota da Seda, que ficou conhecida historicamente por ser um importante itinerário comercial que tornava possível a comercialização da seda entre o Oriente e a Europa em meados do século XVI.

Todo o entorno da cidade é cercado por uma muralha de proporções impactantes. Sua atração mais celebrada é o Exército Terracota. Um coleção inimaginável de esculturas representando o exército do imperador Qin Shi Huang estão aguardando sua visita no museu.

A história a cerca do exército é uma das mais ricas e emblemáticas que se pode imaginar. Qin Shi Huang tornou-se o primeiro imperador da China unificada, após ter sido rei do estado chinês Qin de 247 a 221 a.C. Mais conhecido como Primeiro Imperador, dentre muitas obras grandiosas que tomou frente, foi responsável por essa pérola.

Um tipo de arte funerária, construiu um mausoléu que tinha como função servir como sua moradia após a morte, abrigando junto ao seu corpo tudo que fosse importante para ele, com destaque para seu exército.

O mais fascinante é que esse lugar só foi descoberto 22 séculos após sua construção. Estava totalmente soterrado e foi encontrado por um camponês que furava um poço. Dá para acreditar? Tudo que foi encontrado hoje compõe o museu.

Trata-se de uma visita impressionante. Uma experiência que não se assemelha a nenhuma outra. Ao se deparar com a proporção do exército, e poder chegar perto para observar cada detalhe, em como a expressão de cada guerreiro é única e particular, você certamente ficará impressionado.

Não é à toa que a China se tornou a potência que é. Seu senso de desenvolvimento está acima da compreensão ocidental. Conhecer essa nobre nação é uma oportunidade e tanto de se olhar como indivíduo e também como membro de uma grande comunidade. É uma viagem que vale a pena pelas experiências, é claro, mas também por todas as reflexões que promove.